Se eu não trabalhar, não terei o que comer – Advertência aos Ociosos - Daniel Alves Pena

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Se eu não trabalhar, não terei o que comer – Advertência aos Ociosos

Postado por instrutordanielpena em quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011 | 09:29


Introdução
Depois de tratar de diversos assuntos concernentes à vida espiritual, o apóstolo Paulo abre uma seção conclamando aos Tessalonicenses a desfazer seus contatos com alguns membros daquela igreja em que estavam vivendo de maneira negligente, sem querer trabalhar e na inatividade.
Paulo condena semelhante conduta por não coadunar com o exemplo de vida dele e de seus companheiros missionários, que trabalhavam arduamente para ganhar seu pão, a fim de não serem pesados àquela igreja em formação. Diante desta situação, o apóstolo Paulo passa a fazer algumas exortações severas à Igreja.

I – Exortação à disciplina (3: 6-9)

1 – Apartando-se dos negligentes (6). Note que o apóstolo Paulo exorta os irmãos com veemência e clareza a assumirem uma posição de extrema reserva em relação àqueles que estavam negligenciando uma vida de trabalho e labor diários. Na expressão “nós vos ordenamos”, o apóstolo demonstra a autoridade eclesiástica que lhe era concedida pelo Senhor de ordenar, orientar e exortar a igreja a se portar com dignidade moral, social e espiritual. Ele o fazia “em nome do Senhor Jesus Cristo”, atribuindo desta forma a absoluta soberania ao Senhor, que o chamou para realizar a sua obra. Paulo era representante de Jesus e da sua autoridade em relação à Igreja (1Ts. 4:1; 1Co. 1:10, 5:4).
Fica evidente que certos membros da igreja estavam inclinando-se para a ociosidade e procuravam tirar proveito do ensinamento apostólico sobre o retorno de Cristo para breve. Tais indivíduos estavam vivendo às expensas da igreja ou de seus parentes cristãos. Viviam de maneira desordenada e preguiçosa, comendo o pão daqueles que trabalhavam diariamente. Foi exatamente diante desta situação que Paulo elaborou sua exortação “que vos aparteis”. O verbo apartar é a tradução do termo grego “stello”, que literalmente significa “manter-se afastado de”; “evitar”, dando a idéia de que a igreja deve usar de disciplina para com aqueles que vivem desordenadamente.

Paulo exortava a Igreja em Tessalônica a excluir tais membros da comunhão e também que cada membro, individualmente, evitasse comunhão pessoal com eles, visando levar os mesmos ao reconhecimento de que suas ações eram ofensivas para com a igreja de Cristo e depunha contra a imagem do evangelho no âmbito social. Em nossos dias, precisamos também usar da mesma exortação do apóstolo contra pessoas que querem viver à expensas da igreja, fugindo à responsabilidade e ao dever do trabalho.

2 – Imitando os bons exemplos (7-9). Paulo encerra o versículo 6 falando da tradição que ele e seus companheiros tinham outorgado aos Tessalonicenses. Tradição em termos de ensinamentos morais e éticos. Na verdade, a tradição do evangelho nos ensina a utilizar de forma benéfica o nosso tempo, provendo para nós mesmos o necessário para a sobrevivência e também para contribuir com os que são realmente necessitados (Ef. 4:28). Em seguida o apóstolo se apresenta como exemplo de autêntica conduta cristã. Ao ler e reler o versículo 7 note que Paulo afirma categoricamente que aqueles irmãos tinham plena ciência da maneira que ele se havia comportado em relação a eles. Falta isto em nossos dias, pois os que se dizem líderes genuínos não o demonstram com seus atos. Paulo era um exemplo de vida ética e moral. Não importa somente sermos espirituais, é necessário que a nossa espiritualidade se reflita em retidão diária em todas as nossas atitudes. Que exemplo o de Paulo e seus companheiros. “Nunca nos portamos desordenadamente”. Aqueles irmãos não podiam apontar para coisa alguma na vida de Paulo, acusando-o de infidelidade a Deus e à fé cristã (1Co. 14:40 e Lc. 2:5).

Observe que o apóstolo usa uma linguagem clara quando fala de sua posição no meio dos Tessalonicenses. Expressões como: “jamais comemos pão de graça”; “em labor e fadiga”; “noite e dia” e “trabalhamos” nos dá a idéia de que havia uma honrabilidade inatacável no comportamento do apóstolo e, que mediante este comportamento, ele podia exigir que aqueles irmãos o imitasse. Não que o apóstolo não tivesse direito de exigir o sustento daqueles irmãos. Como obreiro ele era digno do seu salário (Mt. 10:10; Lc. 10:7), mas ele mesmo abriu mão deste direito a fim de não lhes ser pesado. Paulo tinha plena consciência de que se recebesse sustento financeiro deles iria agravar ainda mais seus parcos recursos econômicos, tornando-se “pesado para a igreja” (vs. 9).

II – Exortação ao trabalho (3:10-15).
1 – Princípio ético (10). “Se alguém não quer trabalhar, também não coma”. Paulo utilizou um conhecido provérbio judaico que expressa uma moralidade simples e prática. Calvino afirmava que a indolência e o ócio são amaldiçoados por Deus. Além disso, sabemos que o homem foi criado com uma finalidade produtiva. Não apenas as Escrituras nos dão esse testemunho, mas a própria natureza assim ensina aos pagãos. Paulo censura aqueles preguiçosos e indolentes, que viviam do suor alheio, ao mesmo tempo em que não contribuíam com serviço algum para ajudar a raça humana. A Bíblia exalta com evidência a necessidade do trabalho, que é a ocupação proveitosa do nosso tempo, mediante o qual podemos ganhar o pão de cada dia, não vivendo na dependência da caridade alheia
(Sl. 128:2; Pv. 10:11).

2 – O princípio da moral (11-12). No versículo 11, o apóstolo repete a mesma expressão usada no versículo 6: “andam desordenadamente”, referindo-se aos preguiçosos, vadios e ociosos, que viviam se ocupando com a vida dos outros. A ociosidade alimenta e encoraja o apodrecimento moral e espiritual. Quando no seio da igreja há indivíduos ociosos, certamente haverá sérios problemas morais e espirituais a se combater. A contenda e divisão são frutos de igrejas que suportam elementos vadios que vivem de casa em casa, semeando a discórdia e as dissensões (1TM. 5:13). Vivem a espiar as pessoas, intrometendo-se na vida alheia; aumentando ou diminuindo; distorcendo e propagando todo tipo de mal na comunidade cristã.
A lição moral aqui é bem clara e específica: como resultado da ociosidade, as pessoas conseguem passar o tempo todo sendo um estorvo aos outros, tomando seu tempo com fofocas e conversas sem nenhum proveito. O apóstolo exorta: “parem de mexericar, de vagabundear e de explorar”. Trabalhem! É preciso ocupar o tempo. Não permitamos em nossa igreja gente desocupada e ociosa que perturba o progresso do evangelho de Cristo. “Trabalhando… comam o seu próprio pão” (vs. 12).

III – O princípio espiritual (13-15).

1 – Praticar o bem (vs. 13). Não vos canseis de fazer o bem. Paulo apela para os Tessalonicenses não cansarem de fazer o bem. Ele usa a expressão grega “egkakeo”, que significa “cansar-se”, “exaurir as forças”; “perder o ânimo” e “desesperar”. Mesmo em meio a toda pressão interna e externa que a igreja de Tessalônica passava, o apóstolo estimulava a prática do bem. Este é um dos princípios espirituais mais profundos. Não importa a situação, é necessário praticar o bem (Fl. 4:8-9). Paulo os exortava a buscarem o que é excelente, não permitindo que eles fossem influenciados pelos ociosos e desocupados (1Ts. 5:15: 1Co. 15:48; Gl. 6:9).

2 – Obedecer a Palavra (vs. 14). Paulo tinha falado da necessidade de manter distância daqueles que viviam ociosamente (vs.6). No vs.14 ele se refere àqueles que persistem na mesma oposição, rebelando-se ao seu ensino, teimando em viver desordenadamente. Os membros da Igreja não deviam se associar com tal pessoa. Paulo enfatiza a necessidade da disciplina no seio da igreja. A aplicação da disciplina aos integrantes da igreja é discutida amplamente em MT. 18:17-18; 1Co. 5:2; 2Co. 2:5-11; 1Tm. 1:20, 5:20 e Tt. 3:10). Howard Marshali, em seu livro “Introdução e Comentário das Epístolas aos Tessalonicenses”, afirma que baseados nessas passagens percebemos que a ação oficial da igreja devia ser precedida por tentativas informais de persuadir o transgressor a confessar sua culpa e procurar a reconciliação. No caso de tal persuasão particular não surtir efeito, a Igreja como um todo podia excluir tal pessoa da comunhão.

3- Praticar a fraternidade (vs. 15). A disciplina cristã deve ser coerente, temperada e cheia de bom senso. As admoestações são necessárias e, às vezes, temos de usar de severidade ao aplicá-las, mas nunca devemos fazê-la com hostilidade ou brutalidade. Os irmãos disciplinados não são nossos inimigos. O amor deve reger a disciplina para que surja efeito e seja eficaz, levando o disciplinado a sentir seu erro e arrepender-se, não sentindo amargura contra a igreja. Assim foi o exemplo de Cristo o qual, embora seja o Senhor, o Santo dos Santos, nos amou, buscou e nos libertou (Rm. 5:8-10). Tal exemplo nos estimula a também buscar aqueles que erram, disciplinando-os com amor e envolvendo-os com mansidão.

Conclusão
Nesta lição vimos com que veemência o apóstolo exorta aos Tessalonicenses a trabalharem e a viverem uma vida moral e ética de elevado padrão. Em nossos dias é mister a prática de tal ensino para evitar-se que indivíduos ociosos venham deturpar o seu crescimento.
Pr. Joiadas Soares de Souza
Fonte / Comunidade Unida

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