LAVADOS PELA PALAVRA DE DEUS
A salvação ocorre
quando ouvimos a Palavra de Deus (Rm 10.17), confessamos a Jesus como Senhor, e
cremos de coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos (Rm 10.9).Vós já
estais limpos, pela Palavra que vos tenho falado. (Jo 15.3)
LAVADOS PELO BATISMO
Pr. Gênesis Costa |
Simbolicamente, o
batismo nos lava para a salvação: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte
pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela
glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque se fomos
unidos com Ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na
semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que foi crucificado com Ele o
nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o
pecado como escravos. Porquanto quem morreu, justificado está do pecado”. (Rm
6.4-7).
LAVADOS NO LAVA-PÉS
Jesus
ao lavar os pés dos discípulos explicou a Pedro que aqueles que já tinham sido
banhados (no batismo), precisavam lavar somente os pés: “...Quem já se banhou
não necessita de lavar senão os pés;
quanto ao mais está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. Pois Ele
sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: nem todos estais limpos”. (Jo
13. 10,11).
A
Palavra nos lava para a fé, conversão, e
libertação. O batismo nas águas, simbolicamente
para salvação. O Lava-pés, para a manutenção dessa
nova vida, purificando simbolicamente do contato com o mundo pecaminoso.
A
prática do “Lava-pés” recebeu destaque especial da parte de Jesus quando o
mesmo lavou os pés dos discípulos (Jo 13.1-20). Sua declaração de que os discípulos
deviam “lavar os pés uns dos outros” (V.14), atribuiu importância adicional ao
ato, instituindo-o como mandamento.
Embora reconheçam que o ato de Jesus refletisse o costume
comum, a maioria dos intérpretes entendem que a explicação dada a Pedro: “O que
faço não o sabes agora” (V.7), refletia mais do que uma cortesia esquecida. O
lava-pés praticado por Jesus é geralmente explicado no sentido de se ensinar a
necessidade da humildade diante da falta óbvia de auto-humilhação por parte dos
discípulos no cenáculo (Lc 22.24-30). Mesmo assim a essência, ou, o ponto
central do acontecimento, era outro. Porque Jesus disse que se Pedro não se
deixasse lavar, ele e não Jesus estaria em dificuldade
(V.8).
A Enciclopédia
Histórico-Teológica do Editor Walter A
Elwell - registra o seguinte sobre o lava-pés na página 414: “Ato
religioso de alguns segmentos da igreja Cristã, baseado na realização e no
mandamento de Jesus na santa ceia”.
“O uso
de sandálias abertas, o clima seco e as estradas poeirentas tornaram o lava-pés,
quando a visita entrava num lar, uma prática comum na hospitalidade oriental. O
costume remonta aos tempos de Abraão (Gn 18.4;19.2), e continuou na nação de
Israel (Jz 19.21)”.
“A realização do lava-pés pelo próprio
hospedeiro era um favor incomum. (1 Sm 25.41). Em geral ficava a cargo de um
servo ou empregado. O não oferecimento de tal amenidade (agradável, aprazível),
era uma descortesia (Lc 7.44)”.
O
VERDADEIRO MOTIVO DO LAVA-PÉS
“No
tocante ao ato,. A
falta de purificação foi declarada no tocante a Judas (Jo 13.10,11). Todos,
menos Judas, já haviam se “banhado”, mas ainda era necessário que seus pés
fossem lavados.
O banho completo, simbolizado pelo batismo, representava a
salvação, (Rm 6.1-14). Tal experiência já havia sido vivenciada pelos
discípulos, com exceção de Judas, tendo em vista que, no seu caso, o ato não
foi motivado por fé.
Considerando que o batismo era, em si, uma experiência notória e única, pois encerrava a questão da salvação definitivamente, Jesus institui o mandamento do “lava-pés” como complemento, a título de manutenção periódica - deveria haver uma certa frequência de tal prática. De forma que, a purificação espiritual era a ênfase principal do mesmo, não que o ato em si tenha poder purificador; trata-se de um simbolismo da necessidade que os crentes têm de se limparem repetidas vezes da poluição sofrida no contato com o mundo pecaminoso. (1.Co 11.28)
Considerando que o batismo era, em si, uma experiência notória e única, pois encerrava a questão da salvação definitivamente, Jesus institui o mandamento do “lava-pés” como complemento, a título de manutenção periódica - deveria haver uma certa frequência de tal prática. De forma que, a purificação espiritual era a ênfase principal do mesmo, não que o ato em si tenha poder purificador; trata-se de um simbolismo da necessidade que os crentes têm de se limparem repetidas vezes da poluição sofrida no contato com o mundo pecaminoso. (1.Co 11.28)
Aconselhamos que no momento do lava-pés, haja uma profunda
reflexão em cada participante, em um exame introspectivo e retrospectivo,
entendendo que está simbolicamente se purificando da contaminação com este
mundo poluído, e se preparando para sentar-se a mesa com o Filho de Deus, em
memória de sua morte pelos nossos pecados”.
“Deveis
Lavar os pés uns aos outros”
“Com
esta frase, Jesus mostrou a necessidade de nossa comunhão e que o ato, não pode
ser realizado sem a participação de outro irmão.
Orlando
Boyer em seu livro “Espada Cortante”, página 455 registra: “Moody escreveu ao
lado deste versículo, na margem de sua Bíblia: A ciência divina não é como a
luz da lua, mas como a luz do dia; dorme-se à luz da lua, mas trabalha-se à luz
do dia.
Onde
há um grupo lavando os pés uns aos outros, espiritualmente, ali há um grande
avivamento. Não somos bem-aventurados só pelo compreender (V12), mas, pelo
praticar. Não somente ensinemos que esta é uma lição para inculcar ao próximo,
mas, vamos praticá-la em nossas vidas.
Muitos
cristãos entendem que Jesus pretendia que este ato fosse perpetuado, com base
em João 13. 14,15. A prática do lava-pés pode ser visto na igreja primitiva, em
1. Timóteo 5. 10: “Seja recomendada pelo testemunho de boas obras, tenha criado
filhos, exercitado hospitalidade, lavado os pés aos SANTOS,...” (Obs.
Aos santos, refere-se a membros da igreja de Cristo e não a todos, como o
costume mencionado do lava-pés do Oriente).
Continuando o registro da Enciclopédia: “E nas alusões patrísticas em Tertuliano (De Corona 8) e Atanásio (Cânon 66). O sínodo (694) o recomendou. Ele tem sido observado pelas igrejas Gregas e Romanas e em grupos protestantes como os Irmãos, os Menonitas, os Valdenses e alguns Batistas”.
Continuando o registro da Enciclopédia: “E nas alusões patrísticas em Tertuliano (De Corona 8) e Atanásio (Cânon 66). O sínodo (694) o recomendou. Ele tem sido observado pelas igrejas Gregas e Romanas e em grupos protestantes como os Irmãos, os Menonitas, os Valdenses e alguns Batistas”.
A prática deva preceder a distribuição do pão e do cálice
Entendemos que essa prática deva preceder a distribuição do pão e do cálice. Como prescreve Mateus 26.21 e João 13.21.
A ceia “memorial” como instituição, de fato acontece com a colocação: “...Tomai, comei, isto é o meu corpo...” (Mt 26.26; Mc 14.22), porque nos momentos precedentes trata-se apenas da “Ceia Pascoal” e não da “santa Ceia Memorial” propriamente dita.
Uma vez que Jesus assim o fez. quando comentou (Jo 13.10,11). Tudo deixa crer que Judas participou do lava-pés, mas, não do pão e do cálice.
Vejamos: o verso 2 “Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão que traísse a Jesus...”, dos versos 4 a 12 Jesus impacta os discípulos levantando-se da Ceia Pascoal e passando a lavar os pés deles.
Todos à mesa tinham os olhares fitos em Jesus que explicava detalhadamente a importância do ato. A seguir, Jesus se angustia e declara: “Em verdade vos digo que um de vós me trairá” (v.21 b), (comparando com Mateus 26.21, esclarecemos que esta frase foi dita após o lava-pés e antes da ceia memorial). “Então os discípulos olharam uns para os outros, sem saber a quem ele se referia” (v.22).
Como João estava ao lado de Jesus, Simão Pedro lhe pede que pergunte a quem Ele se refere.Respondeu Jesus: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. Tomou, pois, um pedaço de pão e, tendo-o molhado, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. E, após o bocado, imediatamente entrou nele Satanás. Então disse Jesus: o que pretendes fazer, faze-o depressa” (vs. 26,27). O verso 30 registra: “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite”.
Confirmando que o “lava-pés” aconteceu entre a “Ceia Pascoal e a Ceia Memorial”. Segundo Mateus 26, a Ceia Memorial começa após o verso 26 “...Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo”. Os capítulos de João 13-17, registram os ensinamentos de Jesus naquela noite. Só no capítulo 18, ele se retira para o Jardim do Getsêmani, (Mt 26.36; Mc 14.26; Lc 22.39). onde fora preso. (18.1-12).
Recomendamos
que todos devam se preparar para essa cerimônia, com calçados que não
dificultem a sua participação. Assim também todos, sem exceção, devem estar valorizando
essa prática e usufruindo a mesma bênção. A não ser que alguma enfermidade o
impeça, bem como entender que estão tendo uma oportunidade singular de
simbolicamente se purificarem da poluição deste mundo.
Do
Vosso conservo,
Gênesis Silva
Costa – pastor
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