- Erev Pesach e Jejum dos Primogénitos conhecido como Ta'anit Bechorim — 14 Nissan,
- Pessach/Páscoa (פסח) (primeiros dois dias) — 15 (and 16) Nissan,
- O "Último dia de Pessach", conhecido como Acharon shel Pessach, é também uma festa que comemora Keriat Yam Suf, a Passagem do Mar Vermelho. — 21 (and 22) Nissan,
- Os dias semi-festivos entre os "primeiros dias" "últimos dias" de Pessach são conhecidos como Chol HaMoed, ou seja os "Dias Intermédios".
Pessach comemora a libertação dos escravos Israelitas do Egipto.
Nenhum alimento fermentado é comido durante a semana de Pessach, em
comemoração do facto de os Judeus terem saído tão apressadamente do
Egipto, que o seu pão não teve tempo suficiente para levedar.
O primeiro Seder de Pessach começa ao pôr dos sol do dia 15 de Nissan. Na Diáspora, um segundo seder é realizado na noite de 16 de Nissan. Na segunda noite, os Judeus começam a contar o omer. A Contagem do Omer coincide com a conta dos dias, desde o tempo em que os Judeus deixaram os Egipto até ao dia em que chegaram ao Monte Sinai.
Pessach,
ou Passagem, é a maior festividade na tradição Judaica, e é uma das
três festividades de peregrinação, juntamente com Sucot e Shavuot.
Nestas festas todo o Povo Judeu vinha a Jerusalém na Antiguidade, quando
o Templo Sagrado estava lá e ofereciam animais e cereais em sacrifício.
Desde a destruição do Templo algumas das tradições festivas ainda são
mantidas sem a peregrinação e os sacrifícios, e muitas novas tradições
foram acrescentadas.
Pessach
começa no 15º dia do mês Hebraico de Nisan (geralmente em Abril), tem a
duração de 7 dias e é celebrada para comemorar o êxodo do Egito – uma
das principais histórias na história do Povo Judeu e na cultura
ocidental como um todo. De acordo com a Torá, os Israelitas viviam no
Egito e eram escravizados pelos Egípcios. Moisés, um Israelita que
cresceu no palácio do Faraó, o rei do Egito, tornou-se um líder dos
Israelitas e pediu ao Faraó que permitisse a eles voltar para a Terra de
Israel.
Quando
o Faraó se recusou, Moisés liderou uma campanha que culminou com a
saída apressada de seu Povo do Egito em direção ao deserto do Sinai,
onde viveram por 40 anos. De acordo com a tradição Judaica, durante essa
longa jornada no deserto, liderada por Moisés e seu irmão Arão, os
Israelitas tornaram-se um povo unido, pois eles se preparavam para
conquistar a Terra de Israel.
Pessach
também é chamado de Festa da Libertação, e este aspecto da festividade é
enfatizado nos rituais e nas rezas: o êxodo da escravidão para a
libertação simboliza a redenção física e espiritual e a aspiração do
homem pela liberdade. Outro importante aspecto desta festividade é a
condição de estar junto da família. Na véspera da festa, chamado de
noite do Seder, em função da refeição cerimoniosa do Seder que é
celebrada nesta noite, toda a família reúne-se ao redor da mesa.Também é
um preceito Judaico importante convidar aqueles que não tem família
para celebrarem juntos a festa.
Um
outro nome para Pessach é a Festa do Pão Ázimo. A história do êxodo do
Egito relata que os Israelitas deixaram o Egito apressadamente e a massa
que tinham preparado não teve tempo de crescer, portanto eles a assaram
como matsá, ou pão ázimo.
Um
dos preceitos importantes dessa festa é a abstinência de comer fermento
– qualquer produto assado preparado com farinha e que se permita
crescer, ou comidas prontas preparadas que contenham farinha. Ao invés
de pão, os Judeus comem matsá. Judeus religiosos (e tradicionais)
observam este aspecto da festa meticulosamente. Um outro nome para
Pessach é a Festa da Primavera, marcando a estação na qual Pessach é
comemorado.
O
primeiro dia desta festa, assim como o último dia (que é conhecido como
“segunda festividade”) são dias sagrados de descanso, onde nenhum
trabalho produtivo é permitido. Os dias intermediários são chamados de
Chol ha Mo’ed e são parcialmente festivos e parcialmente normais.
Costumes da Festa
Proibição
de alimentos fermentados – Durante os sete dias da festividade, a
proibição a alimentos fermentados é chamada de chametz – é na verdade em
comemoração à matsá que os Israelitas comeram em sua apressada jornada
de saída do Egito. A proibição inclui todos os tipos de pão e produtos
assados feitos com farinha, e também todos os tipos de massa.
Comer
Matsá - a matsá é um pão achatado feito de massa sem fermento. À parte
do cerimonial do seder, comer matsá não é obrigatório, mas para a
maioria das famílias Israelenses (tradicionais ou religiosas) a matsá é
aceita como uma alternativa para o pão durante a época da festa.
Biur
chametz – a erradicação do fermento. – Nas semanas que precedem Pessach,
os Judeus costumeiramente limpam suas casas minuciosamente para se
certificarem que nenhuma migalha de pão possa ter sobrado. Judeus não
religiosos usam freqüentemente este costume como uma oportunidade de
limparem cuidadosamente suas casas e assim criarem a atmosfera da festa.
Os religiosos vêem isto como um preceito que precisa ser rigorosamente
observado e seguem um processo especial para removerem o chametz de
todas as suas louças e utensílios de cozinha ou utilizam louças
especiais para Pessach.
Na
noite anterior do dia em que Pessach se inicia, é costumeiro olhar em
cada cantinho da casa usando uma luz de vela, para certificar-se que não
há migalhas de pão em lugar nenhum. O Estado de Israel, como
representante do Povo Judeu, tem o hábito de vender todo o chametz do
país para os não Judeus a preços simbólicos (e os recompra logo após a
festa ter terminado).
O Seder
– Esta é uma refeição cerimoniosa longa que acontece na véspera da
festa (na noite antes do primeiro dia da festividade). A família se
reúne ao redor da mesa do Seder. A Hagadá é uma compilação de textos da
tradição Judaica - são passagens da Bíblia, oriundos da Mishná,
comentários e canções cujo tema principal é o êxodo do Egito. O
propósito da leitura da Hagadá é o de transmitir as tradições de Pessach
de geração em geração (dessa forma obedecendo aos preceitos da Torá, “e
você deverá contar a seu filho”) e os rituais são feitos acima de tudo
para incitar a curiosidade das crianças. Os rituais durante o Seder são
todos simbólicos como, por exemplo, comer a matsá e ervas amargas, beber
quatro cálices de vinho, cantar juntos e obviamente a refeição
principal.
Afikoman
– para encorajar as crianças a ficarem acordadas durante todo o Seder, é
costume esconder um pedaço especial de matsá chamado de afikoman em
algum lugar da casa, e as crianças têm que encontrá-lo. Quem encontrar
primeiro geralmente ganha um prêmio.
Mimuna
Na noite após o sétimo dia de Pessach, que é um dia de descanso sagrado, os Judeus oriundos da África do Norte, particularmente do Marrocos, celebram a Mimuna como parte das festividades de Pessach. A origem dessa celebração não é clara, mas é comumente associada ao aniversário da morte do Rabi Maimon ben Abraham, o pai do grande rabino medieval Mose Maimonides (também conhecido como Rambam).
Na
noite de Mimuna, as pessoas vão de casa em casa visitar os amigos e
parentes que estão comemorando esta festa, e nos bairros onde há grande
concentração de Judeus Marroquinos essas visitas de porta em porta duram
até de madrugada. O dia seguinte é dedicado a comemorações em família, à
hospitalidade e visitação, e em muitos locais públicos, centenas de
pessoas reúnem-se para piqueniques.
Nos
últimos anos, Mimuna tornou-se a celebração da qual todos querem
participar, e políticos geralmente tiram vantagem dessas festividades
para buscarem favores da grande população Marroquina.
Costumes da Festa
Comidas
Doces – A refeição festiva é basicamente composta por comidas doces,
para enfatizar as esperanças por uma vida doce: frutas em calda, bolos,
marzipã, e outros confeitos feitos em casa. Já que esses alimentos são
preparados durante Pessach, eles são todos feitos sem farinha ou
qualquer outro ingrediente que não seja kasher para Pessach.
Mufleta
– Esse é um tradicional alimento Marroquino para Mimuna. Assim que o
Pessach acaba, e o chametz é novamente permitido, as mulheres preparam
uma massa feita de farinha e levedo que é esparramado em círculos
achatados, fritos em manteiga e servidos com mel. Esse é o primeiro
chametz comido depois de Pessach, e a farinha para o preparo do mesmo é
comprada imediatamente após o término da festa.
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