O Sexto Passo diz: “Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter”.
O processo está em andamento. Desde o início desse programa comportamentalista de tratamento do alcoolismo deixamos claro que a única forma de reverter o mecanismo da dependência seria substituí-la por um estado dinâmico de busca de crescimento; um crescimento baseado em progressos, ditos espirituais, e no prazer advindo da consciência de estar tentando progredir. Para isso, consideramos fundamental uma profunda auto-avaliação de valores, conceitos e atitudes pessoais e uma inabalável, enquanto duradoura, determinação para prosseguir.
A realidade da vida do alcoolista trouxe-lhe, ao lhe ser apresentada, a consciência de sua doença e da necessidade de submeter-se a esse processo para superá-la. Essa realidade foi referencial para a determinação necessária à primeira grande mudança: a interrupção do uso do álcool.
O processo de dor aguda e de perda e o sofrimento gerado a partir da abstinência, praticamente compulsória, mostraram-lhe a necessidade de uma fonte exógena de ajuda, operando assim a segunda mudança: a ruptura do isolamento e da onipotência.
A iminência do desconforto e a necessidade premente de alívio o fez acreditar nessa ajuda que lhe foi oferecida, integrando-o ao processo terapêutico e efetivando a terceira mudança: a reversão momentânea da desconfiança e do ceticismo.
Em cada progresso efetivado está implícito uma agradável sensação de bem-estar, uma sensação de conforto que origina-se na liberação paulatina das garras da dependência que significam, concretamente, vínculos com o estado de doença, evidenciados em deturpações crônicas de caráter, comportamento e moral. É simples exemplificar: o uso abusivo do álcool leva à necessidade de mentir para proteger-se e ao objeto de consumo, a tal ponto que a mentira incorpora-se ao indivíduo, tornando-se implausível dizer a verdade. Ao não mais precisar beber, rompem-se os vínculos com a atividade da doença e a mentira torna-se inútil e descabida. O contato com essa nova realidade traz, imediatamente, a sensação de alívio e liberdade que é a motivação para prosseguir.
Esse simples exemplo demonstra a necessidade da minuciosa avaliação de todos os valores, conceitos e atitudes inerentes à pessoa do alcoolista. A simples efetivação dessa avaliação inicia uma nova fase de mudanças: a ruptura do medo; da culpa e da vergonha decorrentes do orgulho patológico.
Consequentemente, o partilhar do resultado dessa avaliação com outrem nada mais é do que o culminar desse processo: o orgulho e a desonestidade; os preconceitos e as defesas, sendo amplamente expostos e derrotados.
Efetivamente, o processo está em andamento. Mas deve estar claro, ao profissional e ao paciente, que este apenas inicia-se. Como todo processo, ele deve ser contínuo, pois dessa continuidade depende a integridade do tratamento.
Tal como o efeito do álcool, são fugazes o alívio e o prazer obtidos a cada mudança (conquista). Portanto, se almejarmos uma recuperação efetiva, deve-se manter sempre acesa a esperança de melhorar (crescer).
O Sexto Passo é justamente o fundamento disso, a mistura exata da eterna busca da perfeição com a consciência da impossibilidade em alcançá-la. Deve-se sempre tentar chegar o mais próximo possível dela, mas deve, também, estar claro que perfeição é, e sempre será, meta.
Portanto, para o profissional interessa fornecer subsídios para manter o processo em andamento, sem que haja interrupção por obstáculos concretos ou abstratos.
Em grupo ou individualmente, além das recomendações já repetidas, a atuação do profissional pode basear-se em: identificar elementos a serem reformulados, assim como deturpações de caráter e comportamento, aberrações morais ou, mesmo, inversão ou perversão de valores; além de valorizar, sempre, as mudanças, consciente ou inconscientemente, já efetuadas pelo paciente.
Evidenciar situações onde o orgulho, a ambição, o rancor, a gula, a lascívia, a inveja, a preguiça ou outras derivações instintivas hajam gerado desconforto ou causado empecilhos à boa resolução de conflitos, pessoais ou sociais, pode ser útil, ainda mais quando complementado através do fornecimento de métodos concretos de autotreinamento para reavaliação desses elementos.
Encorajar, incentivar e reforçar a motivação básica, são atitudes sempre cabíveis ao profissional interessado.
É sempre oportuno clarificar que a tendência evolutiva do tratamento é a acomodação, a partir do distanciamento objetivo e subjetivo da dor aguda. O profissional, nestes momentos, deve estar atento para mecanismos de boicote ao tratamento, tais como: ausências; justificativas e argumentações, utilizando o confronto como arma terapêutica sempre que necessário. Impor limites, pressionar, advertir o paciente das conseqüências de uma recidiva, sempre baseado em dados concretos, deve ser um recurso ao qual deve-se estar sempre pronto a recorrer.
Em se tratando de alcoolismo, ajudar e encobrir falhas são antônimos inconfundíveis.
O processo está em andamento. Desde o início desse programa comportamentalista de tratamento do alcoolismo deixamos claro que a única forma de reverter o mecanismo da dependência seria substituí-la por um estado dinâmico de busca de crescimento; um crescimento baseado em progressos, ditos espirituais, e no prazer advindo da consciência de estar tentando progredir. Para isso, consideramos fundamental uma profunda auto-avaliação de valores, conceitos e atitudes pessoais e uma inabalável, enquanto duradoura, determinação para prosseguir.
A realidade da vida do alcoolista trouxe-lhe, ao lhe ser apresentada, a consciência de sua doença e da necessidade de submeter-se a esse processo para superá-la. Essa realidade foi referencial para a determinação necessária à primeira grande mudança: a interrupção do uso do álcool.
O processo de dor aguda e de perda e o sofrimento gerado a partir da abstinência, praticamente compulsória, mostraram-lhe a necessidade de uma fonte exógena de ajuda, operando assim a segunda mudança: a ruptura do isolamento e da onipotência.
A iminência do desconforto e a necessidade premente de alívio o fez acreditar nessa ajuda que lhe foi oferecida, integrando-o ao processo terapêutico e efetivando a terceira mudança: a reversão momentânea da desconfiança e do ceticismo.
Em cada progresso efetivado está implícito uma agradável sensação de bem-estar, uma sensação de conforto que origina-se na liberação paulatina das garras da dependência que significam, concretamente, vínculos com o estado de doença, evidenciados em deturpações crônicas de caráter, comportamento e moral. É simples exemplificar: o uso abusivo do álcool leva à necessidade de mentir para proteger-se e ao objeto de consumo, a tal ponto que a mentira incorpora-se ao indivíduo, tornando-se implausível dizer a verdade. Ao não mais precisar beber, rompem-se os vínculos com a atividade da doença e a mentira torna-se inútil e descabida. O contato com essa nova realidade traz, imediatamente, a sensação de alívio e liberdade que é a motivação para prosseguir.
Esse simples exemplo demonstra a necessidade da minuciosa avaliação de todos os valores, conceitos e atitudes inerentes à pessoa do alcoolista. A simples efetivação dessa avaliação inicia uma nova fase de mudanças: a ruptura do medo; da culpa e da vergonha decorrentes do orgulho patológico.
Consequentemente, o partilhar do resultado dessa avaliação com outrem nada mais é do que o culminar desse processo: o orgulho e a desonestidade; os preconceitos e as defesas, sendo amplamente expostos e derrotados.
Efetivamente, o processo está em andamento. Mas deve estar claro, ao profissional e ao paciente, que este apenas inicia-se. Como todo processo, ele deve ser contínuo, pois dessa continuidade depende a integridade do tratamento.
Tal como o efeito do álcool, são fugazes o alívio e o prazer obtidos a cada mudança (conquista). Portanto, se almejarmos uma recuperação efetiva, deve-se manter sempre acesa a esperança de melhorar (crescer).
O Sexto Passo é justamente o fundamento disso, a mistura exata da eterna busca da perfeição com a consciência da impossibilidade em alcançá-la. Deve-se sempre tentar chegar o mais próximo possível dela, mas deve, também, estar claro que perfeição é, e sempre será, meta.
Portanto, para o profissional interessa fornecer subsídios para manter o processo em andamento, sem que haja interrupção por obstáculos concretos ou abstratos.
Em grupo ou individualmente, além das recomendações já repetidas, a atuação do profissional pode basear-se em: identificar elementos a serem reformulados, assim como deturpações de caráter e comportamento, aberrações morais ou, mesmo, inversão ou perversão de valores; além de valorizar, sempre, as mudanças, consciente ou inconscientemente, já efetuadas pelo paciente.
Evidenciar situações onde o orgulho, a ambição, o rancor, a gula, a lascívia, a inveja, a preguiça ou outras derivações instintivas hajam gerado desconforto ou causado empecilhos à boa resolução de conflitos, pessoais ou sociais, pode ser útil, ainda mais quando complementado através do fornecimento de métodos concretos de autotreinamento para reavaliação desses elementos.
Encorajar, incentivar e reforçar a motivação básica, são atitudes sempre cabíveis ao profissional interessado.
É sempre oportuno clarificar que a tendência evolutiva do tratamento é a acomodação, a partir do distanciamento objetivo e subjetivo da dor aguda. O profissional, nestes momentos, deve estar atento para mecanismos de boicote ao tratamento, tais como: ausências; justificativas e argumentações, utilizando o confronto como arma terapêutica sempre que necessário. Impor limites, pressionar, advertir o paciente das conseqüências de uma recidiva, sempre baseado em dados concretos, deve ser um recurso ao qual deve-se estar sempre pronto a recorrer.
Em se tratando de alcoolismo, ajudar e encobrir falhas são antônimos inconfundíveis.
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