POR QUE NÃO MUDARMOS? - Daniel Alves Pena

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POR QUE NÃO MUDARMOS?

Postado por instrutordanielpena em segunda-feira, 2 de janeiro de 2012 | 19:27

De um modo geral, todo mundo acredita estar evoluindo, melhorando. Mas a triste realidade é que, entra dia e sai dia, somos sempre os mesmos. São sempre os mesmos comportamentos, os mesmos dizeres, as mesmas brincadeiras, as mesmas reclamações, os mesmos hábitos.

Nossos pensamentos e crenças são a causa de tudo o que nos acontece, são os agentes desencadeadores de toda a realidade que nos cerca. Devemos mudar o paradigma de sermos vítimas para o de sermos responsáveis por tudo o que acontece.
 
O processo do autoconhecimento é lento. As barreiras que nos separam da verdade vão sendo derrubadas gradualmente, e só então podemos perceber diretamente a responsabilidade que temos sobre nós mesmos. Não é um caminho fácil.
Compreender as dificuldades da vida como lições a serem aprendidas é um enfoque diferente, é uma mudança de paradigma.

Não mudamos porque buscamos em livros, palestras, doutrinas, seminários ou cultos apenas a confirmação de nossas crenças. Não nos abrimos ao novo, ao que, na realidade, a vida tenta nos passar, mostrar, ensinar. Nossas crenças nos levaram até onde estamos. Para seguirmos adiante precisamos quebrar os paradigmas atuais.
Precisamos questionar a realidade, questionar se os fatos devem ser realmente assim como se apresentam aos nossos olhos, assim como os pensamos. Obviamente, enquanto continuarmos a repetir as mesmas ações, nossos resultados serão sempre os mesmos, não há como ser diferente.
Não mudamos porque gostamos de ser como somos, porque estamos identificados com nossa personalidade, porque estamos apaixonados por nós mesmos. Somos fascinados com o personagem que construímos ao longo de toda uma vida. Temos um medo profundo de enxergarmos a realidade do que somos.
Nossa forma de ser, nosso comportamento, nossos pensamentos, estão tomados por mecanismos de defesa, adquiridos por meio de experiências, sofrimentos e dores vivenciados ao longo de nossa existência. Fomos nos construindo, nos moldando, para evitar as sensações de dor e estimular as sensações de prazer.

Não mudamos porque nos falta vontade, força, honestidade, sinceridade, capacidade de renúncia. Uma mudança, uma transformação, significaria deixarmos de ser quem somos. E, como somos apegados a nós mesmos, ao que somos ou ao que achamos ser, reagimos negativamente. Tememos nos transformar em algo que não vamos gostar, em algo que os outros não vão gostar. Tememos perder o pouco que temos ou achamos ter. Tememos ser rejeitados, perder a popularidade, a fama, o status, a consideração, os prazeres. Tememos deixar de existir, nossos egos temem deixar de existir.

Estamos satisfeitos com nossa realidade.

Os dias se sucedem e permanecemos os mesmos, sempre os mesmos, não mudamos em nada. Cometemos os mesmos erros, erros que nem sabemos quais são, rimos das mesmas piadas sem graça, reclamamos das mesmas coisas, humilhamo-nos sempre em situações que se repetem. Sentimos medo e vergonha das mesmas coisas, nas mesmas circunstâncias ou em circunstâncias parecidas. Irritamo-nos, ficamos nervosos, irados, indignados, brigamos e somos agressivos com as mesmas pessoas, nas mesmas ocasiões.

Demonstramos vaidade, arrogância e orgulho nas mesmas situações. Reagimos sempre da mesma forma a insultos, críticas, ofensas ou elogios. Passamos desapercebidos pelas mesmas coisas, pelos mesmos locais, como se estivéssemos adormecidos, sonhando.

Projetamos sempre as mesmas ideias, fantasiamos sempre as mesmas histórias, sofremos com as mesmas expectativas, ficamos ansiosos pelas mesmas bobagens. Agimos sempre da mesma forma egoísta e mesquinha, desrespeitamos sempre as mesmas regras, as mesmas pessoas, não cuidamos do que dizemos e nem de como dizemos, repetimos por inúmeras vezes. É um quadro lamentável, e muitos que assim vivem ainda se consideram realizados, o que é um enorme autoengano. Este quadro, por si só, já reproduz a terrível imagem do sofrimento.

Muitos dizem que a vida é uma escola, que devemos aprender com ela, com as situações e com os sofrimentos que ela nos impõe. Mas as situações se sucedem e nenhuma transformação ocorre.
Todas as propostas de mudança ficam apenas no imaginário, não existe ação efetiva, não existe transformação verdadeira. Alguns, equivocadamente, se deixam convencer e se confortam com a ideia de que estão mudando, de que estão evoluindo, de que a vida muito lhes tem ensinado, quando, na realidade, só estão se tornando cada vez mais travados, cada vez mais embotados, mais infelizes. Não percebem que estão criando mais e mais dispositivos de defesa, de travas mentais.
Geralmente, acreditamos que, por frequentarmos uma irmandade, uma religião, por conhecermos e seguirmos certas teorias, doutrinas, conceitos morais e éticos, estamos mudando, evoluindo. Mas, na verdade, o que estamos fazendo é apenas nos aprisionarmos em gaiolas mais bonitas.
Não mudamos porque nos auto-definimos, não mudamos por atribuirmos rótulos atraentes a nós mesmos, por nos fascinarmos com esses rótulos, que nos levam a auto-adoração, o que nos impede de enxergar a realidade e de nos transformarmos verdadeiramente.

Por exemplo, se nos definimos, antecipadamente, como pessoas calmas, pacientes, tolerantes, serenas, tranquilos, estamos dificultando a nossa observação, o exercício do autoconhecimento, que nos permitiria detectar a nossa intranquilidade, a nossa falta de serenidade, nossas irritações, medos, ansiedade, expectativas e esperanças. Sem esta percepção, passamos a arrumar uma série de justificativas, desculpas, explicações para as nossas faltas. E com um agravante: além das faltas anteriores, agora nos falta também aceitação, honestidade, sinceridade.

Somos enganados pela auto-imagem, pelo amor próprio. Ficamos facilmente fascinados com nossos personagens. Caímos no auto-engano. Quando uma situação se apresenta, ao invés de estarmos presentes e nos auto-observarmos, partimos logo para a ação, tentando expressar serenidade. Agimos falsamente, e sentimos prazer por termos conseguido transmitir a imagem de alguém sereno; chegamos mesmo a nos surpreender com o fato de termos mudado tanto, evoluído tanto; nos admiramos do quanto somos calmos e serenos e de termos conseguido nos manter assim durante toda a situação. Acreditamos piamente que nos saímos bem. Com isso, projetamos nossas ilusões, nossas fantasias, para os outros. Achamos que todos estão admirados de sermos assim tão serenos, que nos tomam como exemplos, que nos apreciam. E então somos tomados por confortáveis sensações às quais nos apegamos, e acreditamos ser esta a nossa realidade.
Mas tudo não passa de projeções mentais, nós é que nos admiramos, nós é que nos auto-adoramos, que nos envaidecemos e nos enchemos de orgulho. Para piorar, se depois de tudo, alguém ainda nos elogia, o embotamento aumenta. É como assinassem embaixo de nossas ilusões, de nossas projeções mentais. 
Precisamos renunciar a tais sensações, projeções, ilusões.
Na verdade, o que temos é excesso de amor próprio. Tal qual artistas no palco, queremos aplausos. Não percebemos que estes aplausos são caras, bocas, tapinhas nas costas, elogios, bajulações.

Precisamos expandir esses exemplos, precisamos explorá-los e compreendê-los, precisamos meditar muito, rogar ao nosso Poder Superior que nos livre do auto-engano, da ilusão, e nos mostre a verdade.
Não mudamos apenas quando só uma parte de nós quer mudar e as outras continuam a fazer as mesmas coisas, a se comportar do mesmo jeito. Se assim acontece, é porque não estamos plenamente decididos a mudar, não estamos aptos a renunciar a nós mesmos, a nossos desejos, a nossas ilusões e prazeres fugazes. 
Se assim acontece, não nos entregamos, não nos empenhamos em buscar de uma mudança, de uma transformação, pois certamente não estaremos dispostos a abrir mão de assistir nossos filmes, novelas, futebol, jogos; não estaremos dispostos a abrir mão das diversões, dos passatempos habituais, em nome dessas novas práticas.

Se quisermos operar em nós mesmos alguma mudança real, precisamos de práticas diárias. Ao final de cada dia, devemos analisar e refletir sobre o que se passou, sobre gestos, palavras, situações, cenas e cenários (10º passo). E precisamos ser extremamente sincero e honesto conosco mesmo. Precisamos meditar sobre as cenas de ira, luxúria, orgulho, inveja, gula ou de outras situações faltosas, sem alegorias ou escapes.
Não mudamos porque inventamos desculpas para não mudarmos, para justificar nossa incapacidade de mudar, nossa fraqueza, nossa falta de coragem de olhar para dentro de nós mesmos. O demônio (ignorância) da má vontade atua em nós de forma muito astuta. Algumas linhas religiosas ou filosóficas retratam o homem como um ser essencialmente bom, outras como um ser essencialmente mau. Se o homem é essencialmente bom ou mau, não vem ao caso agora. 

Seja ele bom ou mau, o fato não nos impede de olharmos para dentro de nós e enxergarmos à vergonha, o medo, a violência, a ignorância, a falsidade, a fraqueza, a maldade, a ira, a inveja, a avareza, a gula atuando em nosso ser. Conceituar a essência do homem como boa ou má é só uma ideia, uma ideia que nos limita muito, como qualquer outra ideia, conceito, preconceito, definição ou auto-definição. O medo, o sofrimento, a vergonha, o orgulho, a ira, a ansiedade, a gula, a inveja são os mesmos, seja para que acreditem que o homem é essencialmente ruim ou para os que acreditam que o homem é essencialmente bom, seja para os cristãos, budistas, maometanos, hinduístas, seja para os brancos, pretos, morenos, amarelos, vermelhos. O objeto desses sentimentos indesejáveis pode mudar, mas isso não muda nada.

Apontamos erros e defeitos naqueles que nos cercam e não nos damos conta da lei da atração, não nos damos conta das projeções. Aquilo que poderia ser uma ótima oportunidade de auto-conhecimento passa a servir apenas para alimentar ainda mais a nossa vaidade, nossa auto-adoração, nosso amor-próprio.
Não mudamos porque lemos e ouvimos falar sobre erros, sobre maus comportamentos, sobre comportamentos equivocados, mas, como nos auto-adoramos, nada vemos de errado em nós mesmos. Voltamos os olhar crítico somente para os outros, e com esse olhar julgamos e censuramos os que vivem ao nosso redor.

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