Candomblé - Daniel Alves Pena

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Candomblé

Postado por instrutordanielpena em sábado, 29 de novembro de 2008 | 11:16

Candomblé, culto dos orixás, de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colombia, Panamá e México. Na Europa: Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.

A religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás/Inquices/Voduns, sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e 1888.
Candomblé

Ilê Axé Iyá Nassô Oká - Terreiro da Casa Branca - casa mais antiga de Salvador Bahia

Religiões afro-brasileiras

Princípios Básicos

Deus
Ketu | Olorum | Orixás
Jeje | Mawu | Vodun
Bantu | Nzambi | Nkisi

Templos afro-brasileiros
Babaçuê | Batuque | Cabula
Candomblé | Culto de Ifá
Culto aos Egungun | Quimbanda
Macumba | Omoloko
Tambor-de-Mina | Terecô | Umbanda
Xambá | Xangô do Nordeste
Sincretismo | Confraria

Literatura afro-brasileira
Terminologia
Sacerdotes
Hierarquia

Religiões semelhantes
Religiões Africanas Santeria Palo Arará Lukumi Regla de Ocha Abakuá Obeah

Embora confinado originalmente à população de negros escravizados, proibido pela igreja católica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. Estabeleceu-se com seguidores de várias classes sociais e dezenas de milhares de templos. Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5% da população total) declararam o candomblé como sua religião. [1] Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros e catalogado pelo Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA,(Universidade Federal da Bahia)Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador. Entretanto, na cultura brasileira as religiões não são vistas como mutuamente exclusivas, e muitos povos de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente[2]. Orixás do Candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte integrante da cultura e uma parte do folclore brasileiro.

O Candomblé não deve ser confundido com Umbanda, Macumba e/ou Omoloko, outras religiões afro-brasileiras com similar origem; e com religiões afro-americanas similares em outros países do Novo Mundo, como o Vodou haitiano, a Santeria cubana, e o Obeah, em Trinidade e Tobago, os Shangos (similar ao Tchamba [3][4] africano, Xambá e ao Xangô do Nordeste do Brasil) o Ourisha, de origem iorubá, os quais foram desenvolvidas independentemente do Candomblé e são virtualmente desconhecidos no Brasil.

Nações

Os escravos brasileiros pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os yoruba, os ewe, os fon, e os bantu. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes, evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.

A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:

* Nagô ou Iorubá
o Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados - Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português)
o Efan na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
o Ijexá principalmente na Bahia
o Nagô Egbá ou Xangô do Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo
o Mina-nagô ou Tambor de Mina no Maranhão
o Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).
* Bantu, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de Bantu, Quicongo e Quimbundo línguas.
o Candomblé de Caboclo (entidades nativas índios)
* Jeje A palavra Jeje vem do yorubá adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Nunca existiu nenhuma nação Jeje na África. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Dahomey e pelos povos mahins. Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savé" que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savé (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje[5],(Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) - língua ewe e língua fon (Jeje)
o Jeje Mina língua mina São Luiz do Maranhão

Crenças

Candomblé é uma religião monoteísta, embora alguns defendem que cultuem vários deuses, o deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a Nação Bantu é Zambi e para a Nação Jeje é Mawu, são nações independentes na prática diária e em virtude do sincretismo existente no Brasil a maioria dos participantes consideram como sendo o mesmo Deus da Igreja Católica.

Os Orixás/Inquices/Voduns recebem homenagens regulares, com oferendas, cânticos, danças e roupas especiais. Mesmo quando há na mitologia referência a uma divindade criadora, essa divindade tem muita importância no dia-a-dia dos membros do terreiro, como é o caso do Deus Cristão que na maioria das vezes são confundidos.

* os Orixás da Mitologia Yoruba foram criados por um deus supremo, Olorun (Olorum) dos Yoruba;
* os Voduns da Mitologia Fon[6] foram criados por Mawu, o deus supremo dos Fon;
* os Nkisis da Mitologia Bantu, foram criados por Zambi, Zambiapongo, deus supremo e criador.

O Candomblé cultua, entre todas as nações, umas cinquenta das centenas deidades ainda cultuadas na África. Mas, na maioria dos terreiros das grandes cidades, são doze as mais cultuadas. O que acontece é que algumas divindades têm "qualidades", que podem ser cultuadas como um diferente Orixá/Inquice/Vodun em um ou outro terreiro. Então, a lista de divindades das diferentes nações é grande, e muitos Orixás do Ketu podem ser "identificados" com os Voduns do Jejé e Inquices dos Bantu em suas características, mas na realidade não são os mesmos; seus cultos, rituais e toques são totalmente diferentes.

Orixás têm individuais personalidades, habilidades e preferências rituais, e são conectados ao fenômeno natural específico (um conceito não muito diferente do Kami do japonês Xintoísmo). Toda pessoa é escolhida no nascimento por um ou vários "patronos" Orixás, que um babalorixá identificará. Alguns Orixás são "incorporados" por pessoas iniciadas durante o ritual do candomblé, outros Orixás não, apenas são cultuados em árvores pela coletividade. Alguns Orixás chamados Funfun (branco), que fizeram parte da criação do mundo, também não são incorporados.

Sincretismo

No tempo das senzalas os negros para poderem cultuar seus Orixás, Inkices e Voduns usaram como camuflagem um altar com imagens de santos católicos e por baixo os assentamentos escondidos, segundo alguns pesquisadores este sincretismo já havia começado na África, induzida pelos próprios missionários para facilitar a conversão.

Depois da libertação dos escravos começaram a surgir as primeiras casas de candomblé, e é fato que o candomblé de séculos tenha incorporado muitos elementos do Cristianismo. Crucifixos e imagens eram exibidos nos templos, Orixás eram freqüentemente identificados com Santos Católicos, algumas casas de candomblé também incorporam entidades caboclos, que eram consideradas pagans como os Orixás.

Mesmo usando imagens e crucifixos inspiravam perseguições por autoridades e pela Igreja, que viam o candomblé como paganismo e bruxaria, muitos mesmo não sabendo nem o que era isso.

Nos últimos anos, tem aumentado um movimento "fundamentalista" em algumas casas de candomblé que rejeitam o sincretismo aos elementos Cristãos e procuram recriar um candomblé "mais puro" baseado exclusivamente nos elementos Africanos.

Templos

Os Templos de candomblé são chamados de casas, roças ou Terreiros. As casas podem ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista:

* Casas pequenas, que são independentes, possuídas e administradas pelo babalorixá ou iyalorixá dono da casa e pelo Orixá principal respectivamente. Em caso de falecimento do dono, a sucessão na maioria das vezes é feita por parentes consanguineos, caso não tenha um sucessor interessado em continuar a casa é desativada. Não há nenhuma administração central.

* Casas grandes, que são organizadas tem uma hierarquia rígida, não é de propriedade do sacerdote, nem toda casa grande é tradicional, é uma Sociedade Civil ou Beneficente.
o Casas de linhagem matriarcal: (só mulheres) assumem a liderança da casa como Iyalorixá.
+ Ilé Axé Iyá Nassô Oká - Casa Branca-Engenho Velho - considerada a primeira casa a ser aberta em Salvador, Bahia
+ Ilé Iyá Omi Axé Iyámase do Gantois - Terreiro do Gantois - Salvador, Bahia
+ Ilé Axé Opó Afonjá - Opó Afonjá - Salvador, Bahia e Coelho da Rocha, Rio de Janeiro
+ Kwe Kpodaba- Asé Podaba - fundado em 1851 - Rio de Janeiro
+ Ilé Omo Oyá Legi - Mesquita, Rio de Janeiro
+ Zoogodô Bogum Malê Rondó - Terreiro do Bogum - Salvador, Bahia
+ Querebentan de Zomadônu - Casa das Minas - fundada +/- 1796 - São Luiz, Maranhão

*
o Casas de linhagem patriarcal: (só homens) assumem a liderança da casa como Babalorixá no Culto aos Orixá ou Babaojé no Culto aos Egungun.
+ Ilê Agboulá - Ilha de Itaparica
+ Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Axipá - Ilê Axipá - Salvador, Bahia

*
o Casas de linhagem mista: tanto homens como mulheres podem assumir a liderança da casa.
+ Ilé Maroialaji - Terreiro do Alaketu - Salvador, Bahia
+ Ilé Axé Oxumarê - Casa de Oxumare - Salvador, Bahia
+ Ilé Axé Odó Ogè - Terreiro Pilão de Prata - Salvador, Bahia
+ Obá Ogunté - Terreiro Obá Ogunté - Recife, Pernambuco
+ Kwé Ceja Houndé - Roça do Ventura - Cachoeira e São Felix, Bahia

A lei federal nº. 6.292 de 15/12/1975 protege os terreiros de candomblé no Brasil, contra qualquer tipo de alteração de sua formação material ou imaterial. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Instituto Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) são os responsáveis pelo tombamento das casas.

A progressão na hierarquia é condicionada ao aprendizado e ao desempenho dos rituais longos da iniciação. Em caso de morte de uma ialorixá, a sucessora é escolhida, geralmente entre suas filhas, na maioria das vezes por meio de um jogo divinatório Opele-Ifa ou jogo de búzios. Entretanto a sucessão pode ser disputada ou pode não encontrar um sucessor, e conduz frequentemente a rachar ou ao fechamento da casa. Há somente três ou quatro casas em Brasil que viram seu 100° aniversário.

Hierarquia

No Brasil, existe uma divisão nos cultos: Ifá, Egungun, Orixá, Vodun e Nkisi, são separados por tipo de iniciação do sacerdócio.

* Culto de Ifá só inicia Babalawos, não entram em transe.
* Culto aos Egungun só inicia Babaojés, não entram em transe.
* Candomblé Ketu inicia Iyawos, entram em transe com Orixá.
* Candomblé Jeje inicia Vodunsis, entram em transe com Vodun.
* Candomblé Bantu inicia Muzenzas, entram em transe com Nkisi.
* Hierarquia do Candomblé

Sacerdócio

Nas Religiões Afro-brasileiras o sacerdócio é dividido em:

* Babalorixá ou Iyalorixá - Sacerdotes de Orixás
* babalaxé ou Iyalaxé - Sacerdote e lider na sociedade
* Doté ou Doné - Sacerdotes de Voduns
* Tateto e Mameto - Sacerdotes de Inkices
* Babalawo - Sacerdote de Orunmila-Ifa do Culto de Ifá
* Bokonon - Sacerdote do Vodun Fa
* Babalosaim - Sacerdote de Ossaim
* Babaojé - Sacerdote do Culto aos Egungun
* Anexo:Lista de sacerdotes do candomblé

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